Travessia de Cora Coralina
Descobrindo
as maravilhas, histórias e superação pessoal na travessia a pé de 316 km -
Cora Coralina Novembro de 2018.
Mauro César Vieira Vitor
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Entrada do museu de Cora
Coralina
Inspirado em Santiago de Compostela, trajeto passa por oito
cidades de Goiás.
Pensando
em reviver os passos de uma das maiores poetas brasileiras, pirei, hora de
equipar o mochilão e rasgar trilha adentro, foi à proposta imposta por mim para
a realização do Caminho de Cora Coralina. Aberto ao público em abril de 2018,
atravessando cerca de 316 km, oito cidades históricas, três parques estaduais,
sete vilarejos em Goiás. O primeiro caminhante com a tentativa de fazer o
percurso completo sem hospedagem, apenas com modalidade de camping. (Vide
observação no relato).
Diante
da curiosidade, resolvi pesquisar, me preparar e então, dar inicio a um propósito
mais que especial. Acompanhem essa aventura:
Data
marcada. É hora de se aprontar, 03/11/2018. Saindo de Brasília-DF em direção a
Corumbá de Goiás-GO, passagem baratinha, apenas R$23,00, onde pernoitei. Dia
seguinte, hora de dar inicio, mas antes... Interessante àquela voltinha na
cidade e apreciação do lugar.
1°
dia – Corumbá de Goiás x Cocalzinho, 04/11 Domingo

Informações do caminho 1° Trecho
Com
inicio ás 09:00 do dia 04/11 comecei a trilha bastante empolgado. Feito algumas
vezes de mountain bike, já conhecia o percurso com chegada até Pirenópolis. Clima
agradável, bastões firmes e mochilão lotado, 22kg para alegria das minhas
costas e pernas, entretanto, a emoção contida me dava forças. Passando pelo
portal dando inicio a trilha fechada, bastante sombra, em seguida pegando o
asfalto, foi percorrida neste dia 23 km até Cocalzinho onde pernoitei, a
caminhada foi de 12 horas, sinalização ótima. Momento de montar camping e
relaxar, acampei as margens do parque logo na saída da cidade, antes passei em
um Hotel (SÃO JORGE) para higiene pessoal, o que era feito em paradas antes de
dormir ao longo do percurso, isso quando não havia possibilidades de me lavar
em lugares nas proximidades ao local escolhido para acampar... Muita fome!

Portal – Início da trilha

Cidade de Corumbá de Goiás


Frutas no caminho
2°
dia – Cocalzinho
x Pirenópolis, 05/11 Segunda–Feira

Descanso para dar inicio a subida
Sai ás
06h00 da manhã, tomei café reforçado e o tempo indicando que seria um dia favorável,
em direção ao pico do Pireneus, lugar maravilhoso. Um
dos trechos mais ricos em paisagens e o mais bem estruturado em apoios aos
caminhantes, foi possível ver o espetáculo da natureza, são exemplos os cachorros
do mato, tucanos, araras, varias espécies de aves e seus cantos, somado à vista
sendo apreciada da capela Santíssima Trindade dos Pirineus, próximo de 1340m de altitude. O maior pico de todo caminho. Uma parcela deste percurso
não faz parte do trajeto de Cora, o desvio foi feito devido minha ida à
Cocalzinho, percorrido em média 11Km a mais do previsto. Dando continuidade a
trilha segui sentido a Pirenópolis, um banho na cachoeira (Abade) e descanso no
morro com vista à cidade, foi uma caminhada tranquila apesar da chuva no final
do trecho, seguindo as sinalizações que ainda estavam muito bem orientadas,
cheguei por volta das 17h40, um percurso de 24km um banho de rio para refrescar um pouco e encontrar
repouso. Acampei em uma das margens do rio, lugar muito seguro para camping, muito
seguro e bonito. Hora do jantar, imagine uma sopa gostosa!
Obs:
Dentro do parque não tem hospedagem, pode
acampar, mas antes é preciso fazer contato com a administração.

Acampamento em Cocalzinho de Goiás

Chegando ao Pico dos Pireneus

Pico dos Pireneus
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Igreja Matriz de Nossa
Senhora do Rosário
Foi um
dos dias mais incríveis, A sinalização começa logo na saída da cidade à
esquerda na GO-431 com trechos de subidas e descidas, o percurso inicia-se no
asfalto em média uns 1600m, logo à esquerda, inicio da trilha de estrada
pós-porteira. Neste começo de caminhada choveu muito, dificultando assim a
sinalização no asfalto, não foi a toa que passei da entrada uns 800m. A chuva
cooperou com a sinalização apagada.


Outras
Até
aquele momento o caminho era desconhecido, dando a sensação de que a trilha
havia começado naquele instante, grandes fazendas, trecho de muita mata, entre
outros. O percurso desse trecho exige um pouco de cuidado, até por que próximo
à passagem tem um rio em que a água é forte, acredito que em toda época do ano,
mais a frente há sinalização mostrando o sentido, porém deve-se atravessar
saltando à cerca e dar continuidade a estrada de terra.
“Que morro é esse?” Parte final até a chegada a
cidade de Caxambu, nível de subida difícil, exigiu muito de mim até chegar ao
topo, sensação de alivio ao ver a vista da cidade, muito cuidado com a descida
também, trata-se de um terreno muito íngreme, se tornando pesada a descida.
Dando sequência e com o dia próximo de escurecer, a caminho da cidade para
cuidar do corpo, dei de frente com um carro onde o condutor me parou, mas que
alegria! Sr.Kinzinho, o que dizer dessa pessoa? Feito o convite para me
hospedar em sua casa, não tinha como não aceitar, a forma em que fui abordado
foi irrecusável, naquela noite estava muito cansado e fraco, foram percorridos
28 km de percurso bem difíceis. Então aquele convite veio em um bom momento, em
meio a muitas conversas, o jantar então, estava maravilhoso, feito à lenha tudo
muito fresquinho e muito bem temperado, a cama muito aconchegante e quentinha,
ao acordar aquele delicioso café da manhã feito pela dona Cleusa. Se recomendo?
Super-recomendo.

Casa do Sr.Kinzinho
O percurso de Pirenópolis ao povoado de Caxambu é o último trecho
de relevo mais acentuado, cruza remanescentes de mata primária e transpõe as
serras Paraíso e Caxambu esta última com
mais de mil metros de altitude. Percorre partes do antigo caminho dos escravos,
que ligava a Fazenda Babilônia (1800) a Pirenópolis.

Descanso para os pés

Forno e cachorrinhos do Sr.Kinzinho
Na exuberância das paisagens, na possibilidade de contato próximo ao natural e no conhecimento da cultura e tradições de convívio com aquela gente hospitaleira e acolhedora.
4° dia Caxambu x Radiolândia 07/11
Quarta – feira

Saída de Caxambú
O percurso de Caxambu a Radiolândia cruza a BR-153 (Belém-PA – Brasília-DF),
até atingir a Rodovia Bernardo Sayão, próximo ao povoado de Radiolândia.
Acordei
por volta das 05h00, sai ás 06h00, trilha adentro, em média 5 km o povoado de
Caxambu, na saída da cidade à esquerda, sinalização muito boa, sem chances de
erro, trecho onde passa por meio de muitas fazendas, tornando o acesso mais
curioso e atrativo, decidi então fazer o percurso até Radiolândia, dia seguinte
já sabia o grau de dificuldades para chegar até Jaraguá. Era melhor evitar esforços.

Saída de Caxambú
O
caminho foi tranquilo, completei em 09h40 até a cidade, caminhei em média 14 km
depois do povoado a procura de um lugar para o camping, com o total de 32 km
neste dia, estava formando chuva, o lugar de escolha para acampamento era
aberto, a situação piorava a cada instante, muito vento e para completar veio
àquela chuva das mais pesadas, nada que um bom material pra este fim não suprisse
a situação. Dormi que foi uma beleza.
Interessante
visitar o principal atrativo desse trecho, fazenda Babilônia, não conheci,
porem, segundo relatos vale muito a pena.

Chegada ao Povoado de Radiolândia

Acampamento com essa bela vista
5° dia Radiolândia /São Francisco x
Jaraguá, 08/11 Quinta-Feira
Um dos dias
mais difíceis da caminhada, sai do quilômetro 14 depois de Radiolândia até
Jaraguá ás 04h00 da manhã com chegada ás 20h10 na cidade em destino, percorri
52 km passando por centro de produtores, por trechos
de matas, inúmeras fazendas. A sinalização para este trecho ajudou muito. Em
sequencia segue-se passando por estradas rurais até chegar à cidade de São
Francisco. No caminho oportunidade para ver as Serras de Loredo e Chibio.

Serra do Jaraguá
O trecho entre São Francisco e Jaraguá de Goiás começa com
aproximadamente 6,5 km todo em asfalto, quando entram na trilha as margens do Rio
Pari, para deslumbrar a vista de um gigante chamado SERRA DO JARAGUAR, um
monstro de morro, com mais de 610m de altitude, local para pratica de voo
livre. A trilha cruza-se a BR-070, Os últimos quilômetros são feitos por uma
trilha antiga que transpõe a porção Norte, o caminhante é contemplado de um
maravilhoso visual da cidade de Jaraguá, uma pena o clima não está favorável
para esta ocasião, finalizando o percurso na Igreja Nossa Senhora do Rosário.


Hora do almoço
Confesso
que estava em uma situação complicada, muita chuva, cansado, exausto. Pensei em
desistir, tinha que reabastecer com mantimentos, organizar a mochila e lavar
umas mudas de roupas, depois de tudo organizado os ânimos e forças reaparecem,
vou continuar, era só o que pensava, não poderia desistir, era questão de
honra. Descansei o suficiente para dar continuidade, minha moral estava
altíssima.

Serra + Chuva
6°
dia Jaraguá x Vila Aparecida, 09/11 Sexta–Feira

Igreja Nossa Senhora do Rosário
Tudo ok,
equipamento, mantimentos e muita energia, sai de Jaraguá ás 09h00, peguei o
trecho sentido Vila Aparecida pelo asfalto, foram apenas 21 km neste dia.
Atentar para a saída, dando inicio da Igreja Nossa
Senhora do Rosário, contornando a serra percorrendo 1,5 km pela cidade até
tomar a saída em estrada de terra em volta da serra com 3,2 km até o ponto mais
baixo do trajeto no cruzamento da ponte sobre o rio Pari. Em seguida vira à
esquerda, retornando pelo mesmo traçado sentido a São Francisco de Goiás, após
4,3 km da travessia da ponte, segue-se à direita sentido ao povoado de Vila
Aparecida. Tive um pouco de dificuldade, pois no ponto de partida não existe
sinalização ao longo de 2km.
Região
de grande cultivo de bananas, muitos pássaros, retorna a boa sinalização, bem
tranquilas para prosseguir, acampei em um lugar fantástico, uma pequena serra a
3 km da cidade, queria ver o sol nascer, mais uma vez não fui contemplado com o
mesmo, muita neblina e a danada da chuva continuava, fiquei encharcado, mais
deu para aproveitar. Percorridos 21 km, cheguei à região por volta de 16h50 da
tarde.


Delicias do caminho
7°
dia Vila Aparecida x Itaguari, 10/11 Sábado
Passando por Alvelândia e Palestina sentido a Itaguari, Região
forte em agricultura e pecuária, destacando-se áreas de cultivo de bananeiras.
Um trajeto curto e bem sinalizado até chegar ao povoado de Alvelândia nas
margens BR-070. As vistas de grandes áreas e túneis de árvores entre as matas
tornam um lugar surpreendente. Destacando a Fazenda Estaca, de valor histórico
grandíssimo, diversos viajantes cruzaram essa região nos séculos XVIII e XIX.
Acordei cedo esse dia, por volta das 04h00 da manhã, não consegui
dormir direito, sai ás 05h00 mata adentro, O tempo estava nublado, mas sem
chuva, os pássaros mais uma vez deram um show. O sol resolveu aparecer, estava
bem animado, já havia completado mais da metade do caminho e queria muito
chegar ao destino final.

Levei algumas carreiras de bois e vacas nesse caminho hehe, correr
com mochila nas costas não é tão agradável. O acesso passa por muitos currais e
propriedades particulares onde tem criação de gados e outros. 48 km em 15h30 em
movimento, acampamento montado a 2 km da cidade em uma propriedade de um novo amigo,
Sr.Gumercindo, uma pessoa de muita graça. Achei esse trecho bem tranquilo com
algumas subidas e descidas bem leves.
Itaguari - GO
8° dia Itaguari x São Benedito, 10/11 Domingo
Itaguari - GO
Com saída ás 07h00, sem sinal de chuva para me abençoar, sentido a
terra do polvilho. Os pés estavam bem judiados neste dia. Tudo estava perfeito,
o sol radiante e
muito barulho de Quero-quero. Trajeto feito em 14h00, com o total de 44 km.
Tive um pouco de estorvo neste percurso, o cansaço voltou a incomodar, cheguei
um momento em que dormi caminhando, nada melhor que um banho para relaxar em um
pequeno córrego nas imediações, mas que valeu muito a pena, resolvi aproveitar
e preparar o almoço ali mesmo, sem contar que em todos os dias pós almoço o
cafezinho era preparado. Nesta parte passei por varias fazendas, trecho de muitas retas, o sol
escaldante, região sem muita sombra, de volta a estrada, ânimo renovado
continuei a trilha seguindo sempre a direção, bom ressaltar que não tive nenhum
problema com sinalização nesse caminho, somente com os cachorros e a boiada
novamente.
?
Cheguei
à cidade em plena tarde de domingo e por sinal não encontrei comércio aberto e
comprar alguns mantimentos. Nenhuma pousada para coleta de informações e
programar posteriores vindas, acredito que somente em casas de moradores,
nenhumas das pessoas em que perguntei souberam responder. Percorri cerca de 5 a 6 km de asfalto, deve-se tomar bastante cuidado, foi
um dos trechos que achei mais perigoso (em asfalto) devido ao grande fluxo de
veículos, depois do asfalto a esquerda uns 400 m cheguei em um lugar, um bar,
bem simples próximo a uma ponte, segundo o proprietário, os organizadores do
caminho de Cora tiveram no local e informou que pode ser um lugar para repouso,
o forte deles será o camping, até por que o lugar é muito confortável para este
fim, esta passando por algumas reformas, mas que já comporta uma boa dormida.
Acampei no local, próximo a esta ponte citada anteriormente, o barulho da água
descendo rio abaixo foi uma maravilha, banho tomado, a água estava uma delicia,
preparei o jantar e logo era hora de dormir.
9° dia, São Benedito x Calcilândia x Ferreiro, 11/11 Segunda –feira
Penúltimo dia de travessia, 36 km percorridos,
a trilha passa por fazendas com poucas porteiras comparando com outras em que passei,
muito estradão de terra batida e mais uma vez a natureza fez seu papel, o nível
desse percurso foi muito puxado, tive dificuldades devido ao inchaço no pé
esquerdo, mais era parte final e nada tirava mais a minha vontade de chegar,
veio a chuva, não tão forte assim. Um dia bem agradável, por mais uma vez a
receptividade do povo goiano me cativou, em parada não programada, tive o
prazer de conhecer Dona Madalena em Calcilândia, onde me recebeu com bastante
alegria, aproveitei para descansar, me serviu um almoço delicioso, café e um
bom bate papo. Pé na trilha, saindo de Calcilândia. À direita, é possível
visualizar a Serra de São Pedro que guarda muito de suas características
naturais cheio de histórias e mitos. Percorri uns 2,4 km de asfalto até chegar na
estrada e pegar sentido à esquerda estrada rural de
terra. Nesse pequeno trecho, há um tráfego de caminhões considerável e por isso
importante redobrar a atenção. Seguindo em media uns 7,5 km até chegar a uma
pousada, aparentemente muito confortável. Com mais 10 km, passando por várias
fazendas e paisagens perfeitas com vista da Serra Dourada, chega-se as ruínas
de Ouro Fino. Foi uma das etapas em que a sinalização mais cooperou, lugar
passa por matas fechadas e desertas.
Coisas do lugar
Passando pelas serras, fiquei encantado pela beleza rara do
ambiente. Na reta final desse percurso veio uma pancada de chuva, porem,
passageiras. Estava chegando à fase final da travessia, emoção e o sentimento
de gratidão me deixavam mais forte. Chegando às proximidades de Ferreiro,
acampei em uma serra pequena naquela noite. Tudo parecia muito calmo, até que o
barulho e ruídos dos animais noturnos me intimidaram, sono chegou bem tarde por
volta das 02h00, próximo à hora de levantar e concluir o percurso. Onde faltava
apenas 8 km.
Bela vista
10° dia Ferreiro x
Goiás Velho, 12/11 Terça–feira

Museu em Cidade de Goiás Velho - GO
O grande dia, reta final, trilha fácil, com algumas subidinhas de
leve a passagem toma conta do lugar entre histórias de filhos ocultos e suas
particularidades. Foram os quilômetros mais envolventes de toda travessia,
comecei bem cedo em menos de 02h00, tinha que retornar a Brasília ainda aquele
dia, pegando o asfalto a vista da cidade começa a aparecer anunciando que
estava próximo de concluir. Enfim, a chegada depois de 8 km de muita emoção.
Cidade maravilhosa, restaurada, cheia de encantos e suas histórias. Visitei
dois museus, centro histórico, algumas igrejas e por fim uma casa em
restauração.
Considerações finais:
· A intenção era de fazer o percurso todo com a modalidade de camping;
· Foram coletados contatos para apoio, porém não publicados, entrar em contato caso tenham interesse;
· As marcações em quilômetros foram marcadas não exatamente como os registros entre cidades, mas sempre próximas às imediações;
· Alimentação foi transportada toda na mochila.
Agradecimentos:
· Familiares;
· Filhos – João Vitor Neves, Mayara Neves;
· Amigos, em especial Andreia Olivo, Nara Niuma, Aline, Gary, Etiene e Lidiano Pereira.
· Workshop Trekking Brasília.
· Aos apoiadores ao longo do Percurso
Para maiores esclarecimentos entre em contato:
https://www.instagram.com/mauro_cesar_trekker/?hl=pt-br
Fone: (61) 99100-3001
https://documentcloud.adobe.com/link/track?uri=urn%3Aaaid%3Ascds%3AUS%3A6d592790-a29d-4c62-b959-dd2a232c443f
“Se temos de esperar, que seja para colher a semente boa que lançamos hoje no solo da vida. Se for para semear, então que seja para produzir milhões de sorrisos, de solidariedade e amizade.” “O que vale na vida não é o ponto de partida e sim a caminhada. Caminhando e semeando, no fim terás o que colher.”
Cora Coralina
FOTOS







Emocionante, parabéns
ResponderExcluirMuito top
ResponderExcluirParabéns pelo caminho!!
ResponderExcluirMuito bacana seu relato, com certeza irá ajudar e incentivar muitas pessoas, inclusive eu, que há algum tempo penso em fazer o Caminho de Cora.
Grande abraço!!